Como comprar lâmpadas – Guia Definitivo

Existe no mercado uma infinidade de modelos de lâmpadas para todos os tipos de locais, que cumprem diferentes funções. Dá para confundir, não é mesmo? Então, neste post explicaremos a diferença entre as lâmpadas incandescentes, fluorescentes, halógenas, LED e mais! Também abordaremos as diferenças entre soquetes, desvendar tudo sobre os ângulos de abertura, e “traduzir” a tabela do INMETRO! 

Tudo isso para te ajudar a comprar suas lâmpadas sem dor de cabeça! 

História

 

lâmpada incandescente desligadaAntes de Thomas Edison conseguir manter uma lâmpada acesa por mais de 40h, várias tentativas já haviam sido feitas. Mas, em 21 de outubro de 1879, ele teve êxito: através de um filamento de algodão carbonizado, dentro de um bulbo a vácuo (para impulsionar a combustão), ele gerou energia luminosa! Essa era a lâmpada incandescente! 

De lá para cá, muito se melhorou e outros tipos foram tomando seu lugar na sociedade, inclusive por serem mais eficientes, sustentáveis e econômicas. E é isso o que vamos ver a partir de agora.

 

Tipos de lâmpadas

Incandescente

 

A lâmpada incandescente foi a primeira comercializada, e por muito tempo foi assim. Hoje, ela é composta por dois fios que sustentam um filamento de tungstênio, envolto por um bulbo de vidro a vácuo. Este filamento, ao entrar em contato com corrente elétrica, incandesce, ou seja, sobe de temperatura e ao atingir certo grau, gera calor e luz na temperatura de cor branco quente.

O problema desse tipo de lâmpada (e é por isso que ela não pode mais ser comercializada no Brasil) é que ela gera muito mais calor do que energia luminosa, algo em torno de 95% de calor e apenas 5% de luz. Então, por ter um grande risco de aquecer demais e causar acidentes, além de possuir uma vida útil curta, e alto custo, ela caiu em desuso após o desenvolvimento de tecnologia para novos e melhores materiais.

Talvez você se pergunte: Mas, como assim alto custo, se ela custa menos que uma lâmpada de LED? 

Nós explicamos: É que, por ter vida útil curta, é preciso trocá-la muito mais vezes, ultrapassando o valor de uma lâmpada de LED. 

Tabela comparativa lâmpada incandescente e led

Fluorescente

 

Em 1938 foi desenvolvida a lâmpada fluorescente. Como ela produzia mais luminosidade do que calor, se tornou a melhor alternativa na época e até hoje é comercializada. 

O processo se chama Fluorescência (óbvio, não é?) e para acontecer é preciso uma lâmpada tubular que contenha, em cada extremidade, um eletrodo. Em seu interior existe um material que reveste o tubo, além de uma mistura de gases. Quando é “acesa”, os eletrodos geram corrente elétrica entre si e, ao passar pelos gases, produzem radiação ultravioleta. Então, graças ao material que reveste o tubo, esta é absorvida e transformada em luz visível!

Além de substituir a incandescente por gerar mais luz que calor, ela possui maior vida útil e gasta menos energia, o que a torna mais econômica. 

lâmpada fluorescente acesa

Suas versões mais comuns são: tubulares e compactas. Elas funcionam da mesma maneira, porém, a segunda têm um rendimento luminoso um pouco mais baixo devido ao menor volume do tubo. 

Pode ser usada tanto em residências, como em iluminação pública. E é possível encontrá-la em várias temperaturas de cor diferentes. Se quiser saber sobre a importância desta variação de cor na sua casa, aproveite para ler nosso post sobre qual é a melhor temperatura para cada ambiente. Clique aqui e confira.

 

Alerta: Apesar de ainda ser permitida no Brasil, este tipo de lâmpada também tem um problema: um dos gases em seu interior é o mercúrio, que é altamente tóxico, e o seu descarte incorreto tem provocado danos ao meio ambiente e à saúde, inclusive intoxicação e danos neurológicos! Então, se você puder evitá-la, ótimo! Se você já a possui e quer trocá-la, procure pontos de coleta perto da sua casa para o descarte correto, não jogue-a em lixo comum! O planeta agradece!

 

Halógenas

 

Vinte anos após o surgimento da fluorescente no mercado, a lâmpada de tecnologia halógena foi desenvolvida e se tornou popular. Tecnicamente, funciona como a incandescente, mas, ao redor do filamento de tungstênio, há um outro vidro contendo gases halógenos (bromo e iodo são os mais usados). E então, ao ser acionada, esses gases entram em contato com o filamento de tungstênio que, ao esquentar, potencializa a emissão da luz com um brilho superior ao da incandescente. Sua temperatura de cor também é branco quente, mas, apesar de ainda produzir calor, ela é mais econômica e tem vida útil muito superior à sua precursora porque os gases halógenos regeneram o tungstênio. Este processo também evita o escurecimento do bulbo. 

Além do modelo convencional é possível encontrá-la na versão de spots para embutir, onde ela fica envolta por refletores focais em formato parabólico, próprias para embutir no forro a certa distância da parede (esta distância varia de acordo com o spot escolhido e com o objeto que se quer iluminar) e com direcionamento de foco. Estes refletores são revestidos por um material metálico que, quando aceso, absorve e empurra ⅔ do calor para cima do forro e reflete apenas a luminosidade. Servem para pontuar objetos decorativos, ou paredes. Os tipos mais comuns deles são: 

tabela comparação lâmpadas dicróica, ar, par, palito halopin

  1. Dicróica: Este tipo é revestido por duas (daí o termo Dicróica) partículas metálicas de quartzo, para iluminar. Por possuir menor tensão (12v), se abusar dela, como iluminação geral, sua conta de energia vai te dar um susto! Outro cuidado que se deve ter é não tocá-la sem proteção para as mãos, pois a oleosidade da nossa pele diminui sua vida útil, por entrar em contato com o quartzo, e pode até fazê-la trincar, perder seus gases e queimar. Também possui a versão mini para dar apenas efeitos pontuais na iluminação ou para efeitos de repetição de luz.

 

2. AR: Neste modelo, em vez do quartzo usa-se o alumínio como partícula reflexiva. Este modelo foi desenvolvido para ser embutido em ambientes com pé direito duplo, com diferença marcante entre luz e sombra, usada para dar grande destaque a objetos específicos.

 

3. PAR: Este modelo também é desenvolvido em alumínio. Diferente da AR, seu foco é mais suave. Pode ser encontrada em várias cores e algumas contém IP65 porque são vedadas com uma lente de vidro com acabamento difuso. Isso a torna ideal para ambientes úmidos como banheiros e até bancadas da cozinha, áreas gourmet e varandas.

4. Halógena Palito: este tipo de lâmpada tem realmente a forma de um palito e é encaixada verticalmente dentro de um refletor. Deve-se ter o mesmo cuidado de manuseio que a dicróica (oleosidade da pele que prejudica o revestimento de quartzo)  e também há uma versão mini, para a utilização em refletores menores. Como ela fica encaixada dentro de refletores blindados, pode ser usada em áreas externas.

 

5. Halopin: este tipo de halógena, também conhecida como bipino (e logo explicaremos o porquê), tem medidas diferentes para cada marca que a produz, mas no geral, são bem pequenas (medem em torno de 5cm), afinal seu objetivo é ser usada dentro de lustres, abajures e dos spot, de maneira encapsulada. 

 

Ângulo de abertura 

 

Ao escolher uma lâmpada, atente-se ao ângulo de abertura da luz. 

Quanto maior for o ângulo, ou grau, mais espaço lateral a luz vai alcançar e mais rasa será, ou seja, com alcance menor em relação ao chão.

Quanto menor o ângulo, mais fechado, ou estreito será o facho e mais prolongado será. Meça o objeto que quer dar destaque e tenha em mente a altura do seu pé direito para não errar na sua compra. Para facilitar sua vida vamos explicar os graus  nas lâmpadas mais  utilizadas:

 

Dicróica: os modelos mais comercializados são MR11, MR16. Possui ampla variedade de ângulos de abertura: desde 10° até 60°, é mais barata que as AR e PAR e pode servir para iluminar quadros, sancas de gesso, lavabos, etc. Seu efeito não é muito marcado, o que significa que há difusão de luz nas bordas, ou seja, a passagem de luz para a sombra é suave.

 

AR: os modelos mais conhecidos são AR70 e AR111, possui angulação de facho desde 12°,  15° ou 24°.  Como já dito, é um tipo de spot que serve para pé direito duplo pois tem um facho de luz mais fechado, marcado, isto é, um ângulo menor de abertura, gerando um foco mais forte. Por isso, é utilizado para destacar mesas em restaurantes, closets, etc, porque proporciona grande contraste aos objetos. É recomendado ter um objetivo específico ao usá-la, pois custa mais caro que os outros modelos.

 

PAR:  os modelos PAR11, PAR16, PAR20, PAR30, PAR38 são os mais comercializados e sua angulação de luz mais conhecida é a de 24°, 25°, 36°, 38°. Esta variação ocorre de acordo com as marcas comercializadas. Usada em ambientes com pé direito normal ou duplo, dependendo do seu ângulo de abertura do facho, este tipo serve para dar destaque tanto a objetos e paredes decoradas, como auxiliar a iluminação geral do ambiente, pois sua passagem da luz para a sombra é mais suave, já que contém uma lente que produz um efeito difuso. Isto também a torna ideal para iluminar jardins e banheiros.

 

Halopin: como é uma lâmpada própria para ficar no interior de pendentes e lustres, arandelas e balizadores, seu ângulo é de 360°, para iluminação geral e direta de ambientes. Por isso, alguns modelos permitem a dimerização. Para saber mais sobre essa possibilidade superinteressante, leia nosso post sobre dimerização de luzes. Clique aqui para ler. Sua versão em LED possui bulbo produzido em silicone ou gel e o encaixe em alumínio.

 

Bulbo: com seu formato tradicional em “pêra”, ela possui angulação que varia de 180° (se possuir uma capa de plástico situada entre o soquete e o vidro) até 360° de abertura. É feita em vidro, transparente ou na cor branca, de aspecto leitoso. Sua temperatura de cor é variável e costumam ser bivolts. São próprias para iluminação geral e seu bocal é de rosca. 

ângulos de abertura lâmpadaslâmpada com 360º

 

Lâmpada de Filamento 

 

As lâmpadas de filamento foram desenvolvidas para serem expostas e fazerem parte da decoração. Ganharam muita fama nos últimos anos por causa do seu design diferenciado, seja no tamanho, cor e formato do bulbo como no desenho do próprio filamento. Podem ser instaladas em varais de luzes, arandelas, pendentes e soquetes.

Ela é, tecnicamente falando, uma lâmpada incandescente (mas seu filamento é produzido em carbono), e por isso, sua luz é amarelada, não possui alta potência, mas consome muito mais energia.

pendentes com lâmpada de filamento 

ATENÇÃO: Ao decidir usá-la é preciso pensar em quantas horas você quer que ela fique acesa e onde vai posicioná-la, afinal, quanto mais horas acesas, mais gasto energético vai gerar e quanto á posição, como ela gera calor, não é recomendado que ela fique exposta perto de objetos sensíveis à altas temperaturas. 

Não quer abrir mão do efeito retrô da lâmpada de filamento de carbono, mas não se tornar sócio da Companhia de Energia? Então opte pelas lâmpadas de Filamento de LED! Elas te darão o mesmo efeito, mas com mais eficiência e economia!

 

LED

 

E agora chegamos ao auge da tecnologia! LED é uma sigla em inglês que quer dizer: Diodo Emissor de Luz. É um componente eletrônico que, quando energizado, produz luz. Assim, ele praticamente não emite calor, o que significa que toda a energia gerada é voltada para produzir luminosidade e com isso ocorre maior economia na sua conta mensal porque nenhum Watt é “desperdiçado” em forma de calor.

Ela chegou para substituir todos os tipos de lâmpadas que já mencionamos, pois possui muita variedade enquanto a: temperatura de cor, diversidade em spots, formatos (pêra, tubulares e compactas, halopin, fitas…aliás temos um post só sobre fitas de LED, clique aqui para ler)… enfim, embora talvez ainda custe um pouco mais do que as “convencionais”, seu custo x benefício é incomparável. Sua economia pode atingir até 90% de energia! Então, se você quer potência, com economia e abundância de modelos, escolha o LED!

 

Tipos de soquetes 

 

É importante falar agora sobre a variedade de soquetes porque essa informação pode te ajudar a fazer uma compra certa, afinal se comprar uma lâmpada cujo soquete é diferente da base da sua casa, ela pode não acender ou até ocasionar um acidente.

 O soquete nada mais é do que um elo de ligação entre a lâmpada e a corrente elétrica. Seu interior é feito de metal, para conectar-se à parte de metal da lâmpada e assim passar energia pelos fios condutores. Mas, para que não tomemos choque, sua parte exterior é revestida com material isolante, normalmente cerâmica ou termoplástico, para que possamos tocar na lâmpada sem problemas.

Segue na leitura para saber quais são os principais:

 

MR: Refletor Multifacetado + número (é a medição em oitavos de polegadas, porque este spot é originalmente norte-americano e seu sistema métrico é diferente)

AR: Refletor Aluminizado + Número (milímetros de diâmetro)

PAR: Refletor Aluminizado Parabólico + Número (em oitavos de polegadas de diâmetro)

E: Em homenagem ao seu fundador Thomas Edison, seu encaixe é em formato de rosca, serve para lustres e arandelas e o número que aparece na frente dele é o tamanho do diâmetro em milímetros. Exemplos:

E27: possui 27mm de diâmetro

E14: possui 14mm de diâmetro

G: também podem ser chamadas de bi pino, pois seu encaixe ocorre por meio de 2 pinos, que são acionadas pelo contato. É próprio para spots de embutir, plafons, e também é acompanhada do número que representa seu tamanho em milímetros. Exemplos:

GU10: encaixe por pinos cuja base tem 10mm de diâmetro. São ligadas diretamente na rede elétrica.

Gx5.3: encaixe por pinos com base medindo 5,3mm, próprio para spots menores, cuja voltagem é de 12v e precisam de um transformador para converter a energia da sua casa (110v ou 220v) em uma voltagem adaptável a este tipo de bocal.

G9: é um modelo de soquete para halopin que contém a opção de ser ligado diretamente na rede elétrica ou de baixa voltagem.

R: O soquete R7s refere-se ao bocal da lâmpada halógena palito. O número 7 indica o tamanho dele, que é de 7mm de diâmetro. É ideal para peças estreitas, como plafons de sobrepor, por exemplo. Além disso, serve para iluminar áreas externas já que ficam dentro de refletores. Algumas permitem a dimerização.

Mas, como saber qual lâmpada é a ideal para sua casa? Foi por isso que explicamos os tipos de lâmpada e de soquetes, para você conhecer o projeto da sua casa e, baseado nisso procurar o que seja adequado a ela. 

E por fim, iremos desvendar agora a tabela do INMETRO, afinal, ela vai te ajudar a fazer escolhas certas. 

 

TABELA DO INMETRO

 

Entender essa tabela vai te dar uma “luz” na hora de comprar qualquer produto de iluminação. Ela contém todas as informações técnicas que você precisa saber. Por isso, vamos dividi-la em 4 linhas:

desvendando a tabela do inmetro

Na 1ª linha à esquerda deve estar o selo com o logo do INMETRO, o que indica que este produto passou por testes e foi aprovado para comercialização e ao lado o nome do produto.

 

Na 2ª linha à esquerda está a potência em watts e se refere ao consumo de energia que ela gera. Ao lado está o fluxo luminoso, medido em lúmens, que é a quantidade de luz que aquele item vai produzir. Quanto mais alto for, mais vai iluminar o ambiente.

 

Na 3ª linha à esquerda está a eficiência luminosa, medida em lumens por watt. Quer dizer quantos lumens ele vai produzir por watt. Quanto menor o watt e maior o lúmen, mais econômico o produto será. Ao lado está o selo do INMETRO, atestando tais informações.

 

E na 4ª e última linha está o selo Procel, que é um indicador que mostra que aquele produto foi aprovado no quesito de economia. Ele não é obrigatório, mas contribui para você conhecer um pouco melhor o seu desempenho. Ao lado está o selo do Programa Brasileiro de Etiquetagem, ou seja, um selo geral que abrange todas estas informações.

 

Em conclusão, o objetivo deste post foi te ajudar a traduzir a enxurrada de informações técnicas que cada lâmpada possui, de uma maneira mais fácil de entender. Nós, da Starlumen, queremos que você compre seus itens de iluminação sem medo e que ao mesmo tempo ganhe economia, praticidade e beleza. Então, comente abaixo o que você achou, e se ainda tem alguma dúvida sobre esse tema, vamos amar saber!

Um comentário em “Como comprar lâmpadas – Guia Definitivo

Queremos saber sua opinião, e se você tem alguma dúvida, vamos amar respondê-las!

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